INTRODUÇÃO
Apresentação dos conteúdos inerentes ao processo de investigação a decorrer no Programa de Doutoramento em Arquitetura, na FAUP, na unidade curricular Seminário de Investigação do Perfil de Estudos-C "Dinâmicas e Formas Urbanas", tentando estabelecer-se como um enquadramento conceptual do âmbito da pesquisa, ao mesmo tempo que relaciona conteúdos em articulação com o processo de pesquisa de Projeto de Tese.
É preciso admitir a descontinuidade e não a continuidade;
a rutura e não a sequência, a marcha adiante rumo a uma incógnita.
Pois temos todas as razões de poder fazer uma coisa magnífica,
e não um retorno às coisas de outrora,
re-nas-cen-ças etc. Jamais!
Isso é contrário à própria natureza dos acontecimentos em curso.


Le Corbusier


título do plano de trabalhos
"Do espaço percecionado ao ambiente construído: a atuação artística no processo urbanístico"


conceitos-chave
construção de lugar; cidade; espaço público; transdisciplinaridade; escultura em campo expandido; arte in-situ;


resumo
A sociedade urbana encontra-se envolvida numa malha de relações cada vez mais implexa, numa dinâmica global de acontecimentos, descobertas, inovações e interações que sucedem num ritmo cada vez mais célere, instantâneo e de modo cada vez mais interdependente.
O processo urbanístico e o desenho do espaço público, naquilo que o projeto urbano instaura (na possível definição de novos modos de viver em sociedade, na construção de lugares e sua consequente envolvente espacial e experiencial) deveria idealmente, acompanhar estes fenómenos sociológicos, à medida que a complexa realidade se vai renovando.

À luz das recentes transformações económicas, socio-tecnológicas e psicossociais vividas nos últimos vinte anos -e especialmente nos últimos dois- parece pertinente que o processo de conceção urbanística, no sentido holístico do seu exercício, responda a uma cultura contemporânea adaptada a uma crescente interação e volatilidade, condição rizomática que nos tem vindo a moldar a noção de espaço e tempo, cadência de pensamento, perceção e reação, quer no espaço mental, como físico e social.

Face a esta realidade cada vez mais abstrata e em acelerada mutação, surge a preocupação de questionar se fará sentido considerar-se os processos e modos operativos da prática urbanística de outrora?
E nesse processo, é âmbito desta proposta de investigação, analisar o papel do artista contemporâneo - e da produção escultórica 
site-specific entendida no seu campo expandido de actuação  - naquilo que é Hoje, a construção da realidade urbana de amanhã, particularmente no que concerne ao processo de (re)significação na produção de lugar e território urbano.

Terá esta pesquisa o desígnio de indagar a eventual operatividade do cânone
bauhausiano na prática urbanística (na dialética processual proposta pela tríade disciplinar ‘arquitetura / arte / design’ ), para compreender a urbanística como um processo complexo que, mais do que multidisciplinar, aqui se questiona como sistema transdisciplinar, no qual a partir de uma interação simbiótica, se indaga o domínio da arte contemporânea como possível ferramenta de (interpret)ação humana/urbana - e por isso, integrada e não autónoma das propostas de reabilitação urbana - passível de se tornar inerente a esse processo de pensar/projetar a identidade do
 lugar urbano do presente e do futuro.






estado da arte (500/ 500 pl)

A sociedade urbana encontra-se envolvida numa malha de relações implexa, dinâmica de descobertas, interações, num ritmo acelerado e interdependente, face à global digitalização da realidade humana (CASTELLS,1996). Aparentemente, experienciamos o apogeu da designada modernidade líquida (Bauman,2000). Esta necessidade do Homem pela busca do novo, implícita na relevância da classe criativa (FLORIDA,2002), compreende que as cidades com maior índice de evolução, são as que asseguram o capital criativo como força motriz para desenvolvimento cultural/social/económico. O conceito cidades criativas (LANDRY,BIANCHINI,1995), trouxe a pertinência dos processos criativos no desenvolvimento/planeamento/gestão das cidades.
O espaço como conceção polissémica (LEFEBVRE,1974), inclui o público como composto de dimensão física/concreta e abstrata/complexa (MORIN,1991), onde se inclui a condição humana em camadas de referenciação. O espaço contemporâneo, construção descontínua e desorganizada, tem sua maior manifestação na cidade cosmopolita (Távora,1962). A adaptação do território urbano enquanto palco, condição urbana dependente da evolução socio-tecnológica (Mongin,2005), não acontece de modo linear, mas indissociável aos fenómenos externos, compelindo à participação democrática de uma sociedade ocidental integradora/plural (Innerarity,2010). Numa lógica de totalidade orgânica (MORIN,1991), a construção do lugar é resultado de conjunto de necessidades e contributos para forma/materialização, criando-se a circunstância -modos de ver/viver/estar/sentir.
Este entendimento sistémico e rizomático (DELEUSE,1980), pressupõe a compreensão holística da realidade perante os desafios da sociedade urbana. Não obstante, assistimos na prática urbanística, a metodologias de intervenção que atuam segmentadamente, separando processos criativos (urbanismo/arquitetura/design/arte), de tal forma que desenvolvem procedimentos de intervenção de diversas ordens, enquanto construções autónomas que se vão avolumando (CORBOZ,2004).

Esta condição transdisciplinar do ambiente construído, reverbera as preocupações do movimento moderno (Le Corbusier,1936), na procura de uma nova monumentalidade, visão vanguardista que consta do manifesto “Nine Points of Monumentality” (GIEDION et al,1958).
O recente interesse nas peculiaridades do contexto como pressupostos para os processos do pensar e fazer urbanístico –quanto a práticas “place oriented”, “place-based planning” (E.KRUGER,2008) – transparecem a necessidade de reconsiderar padrões de pensamento,
todavia transportando-nos para o modus operandi da produção escultórica site-specific (KWON,2002) da década de 60, em que o campo expandido (Krauss,1979) nos elucidara ao enquadrar teoricamente as intervenções protagonizadas por Richard Long, Richad Serra, Robert Morris, Robert Irwin ou Walter de Maria. A noção de Krauss viria a ser tomada como premissa por Anthony Vidler n’
O campo ampliado da arquitetura (2008), enquadrando recentes obras in-situ que partem da especificidade do contexto/lugar/propósito, para fundar uma nova identidade do lugar –Daniel Buren, “L'Observatoire de la lumière”,2016.
Terá esta pesquisa desígnio de indagar a possibilidade da arte contemporânea participar no processo de conceção do lugar, dimensão política potenciadora de visões divergentes (Mouffe,2005), ficções/tensões no tecido socio-cultural, gerando-se outras formas de apreciação/configuração da nossa experiência do real. Diametralmente oposta à “função da arte é não ter função”(Adorno,1970), a noção criativa do artista contemporâneo , pode estimular a nossa experiência pela “partilha do sensível” (RANCIÈRE, 2010) na ressignificação/valorização do espaço público, delineamento paisagístico/morfológico e consequente envolvente espacial/experiencial, pela possível operatividade do cânone bauhausiano num processo transdisciplinar de interação simbiótica, encarando a Arte Contemporânea como possível ferramenta de (interpret)ação, inerente ao processo de pensar/construir a nova urbanidade do futuro.



CASTELLS, Manuel, (1996)
A Era da Informação Economia, Sociedade e Cultura,
Vol. 1- A Sociedade em Rede


BAUMAN, Zygmunt (2001)
Modernidade líquida

LANDRY, Charles (1995)
The Creative City: A Toolkit for Urban Innovators
LANDRY, Charles; Murray, Chris (2017)
Psychology and the City- The Hidden Dimension
Iniciativa lançada pela Comissão Europeia, o novo Bauhaus Europeu
é um movimento criativo e interdisciplinar em desenvolvimento 
para mobilizar mentes criativas de disciplinas diferentes para
reinventar um modo de vida sustentável,
na Europa e no Mundo

LEFÈBVRE, Henri (1974)
La production de l'espace, Paris, Anthropos


TÁVORA, Fernando (1962)
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MONGIN, Olivier, (2005)
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INNERARITY, Daniel (2006)
O Novo Espaço Público 



MORIN, Edgar (1990)
 Introdução ao pensamento complexo



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Mil Planaltos - Capitalismo e Esquizofrenia, Vol. 1




CORBOZ, André (2004)
El territorio como palimpsesto,
 in
Lo Urbano en 20 autores contemporâneos
LE CORBUSIER (1936)
A Arquitetura e as Belas-Artes
 apresentado por Lúcio Costa na “Revista do Património Histórico e Artístico Nacional”,
Ed. nº 19/ 1984, p. 53-68



GIEDION, Sigfried et al (1958)
Nine Points on Monumentality,
in Architecture, You and Me: The Diary of a Development




FARNUM, Jennifer O.; KRUGER, Linda E. (2008)
Place-based planning
KWON, Miwon (1997)
One Place after Another: Notes on Site Specificity,
October Magazine Vol. 80., pp. 85-110



KRAUSS, Rosalind (1979)
 Escultura no Campo Expandido,
texto originalmente publicado no número 8 de October, 1979 (31- 44)
Sculpture in the Expanded Field, in The AntiAesthetic: Essays on PostModern Culture  (1984)

ROBERT SMITHSON, 1970
SPIRAL JETTY, LAND ART & EARTHWORKS



Christo and Jeanne-Claude, 1970-72
Valley Curtain
Colorado, EUA

Richard Serra, 2011
Cycle
West 24th Street, New York, September 14–November 26
Gagosian Gallery
Richard Long,  2017
 Earth Sky
Houghton Hall, em Norfolk, Inglaterra
VIDLER, Anthony (2013)
O campo ampliado da arquitetura
Daniel Buren, 2016
L’Observatoire de la Lumière, work in situ
 Fondation Vuitton, Paris

MOUFFE, Chantal (2005)
Which Public Space for Critical Artistic Practices?
lecture presented at the Institute for Contemporary Dance based at the Firkin Crane Centre on July 6, 2005

ADORNO, Theodor (1970)
 Teoria estética, 
Título original: Aesthetische Theorie


RANCIÈRE, Jacques (2010)
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Cânone Bauhausiano


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LEFÈBVRE, Henri, (1974) La production de l'espace, Paris : Anthropos
LEFÈBVRE, Henri (1970), The urban revolution, 2003, transl. Robert Bononno, Minneapolis: University of Minnesota Press [1ª Ed. 1970, La Revolution Urbaine, Paris: Gallimard]

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MOREIRA, Inês (2018), Euforia, Nostalgia e Transgenia no Porto Oriental, texto publicado na edição #257 Epicentros pós-industriais: Um futuro a Oriente, in Jornal Arquitectos, versão online consultada a 31.03.2022, www.jornalarquitectos.pt/pt/jornal/epicentros-pos-industriais

MORIN, Edgar (1990), Introdução ao pensamento complexo, 2008, Lisboa: Instituto Piaget [1ªEd. 1990, Introduction à la pensée complexe, ESF, Paris.

MOUFFE, Chantal, (2005) Which Public Space for Critical Artistic Practices? , lecture presented at the Institute for Contemporary Dance based at the Firkin Crane Centre on July 6, 2005.

KRAUSS, Rosalind (1984), Escultura no Campo Expandido, originalmente publicado no número 8 de October, 1979 (31- 44), Sculpture in the Expanded Field, in The AntiAesthetic: Essays on PostModern Culture, Washington: Bay Press, 1984

KWON, Miwon (1997), One Place after Another: Notes on Site Specificity, October, Vol. 80., pp. 85-110. 7 October Magazine, Ltd. and Massachusetts Institute of Technology


PALMADE, Guy, (1979) Interdisciplinaridad e ideologias. Madrid: Narcea.

PIAGET, Jean, (1971). Epistemologie des rélations interdisciplinaires, In Ceri (eds.) L'interdisciplinarité. Problèmes d'enseignement et de recherche dans les Universités, 1972, pp. 131-144. Paris: UNESCO/OCDE

RANCIÈRE, Jacques (2010), Estética e Política: A Partilha do Sensível, Porto: Dafne Editora

RIEGL, Alois (1903), O culto moderno dos monumentos: a sua essência e a sua origem, 2006, Lisboa: Ediçoes 70  [1ª Ed. 1903, Der moderne Denkmalkultus: sein Wesen und seine Entstehung, Vienna/Leipzig]


ROSSI, Aldo (1966) ,L'Architettura della Città , Padua: Marsilio Editori

SITTE, Camilo (1889) A Construção Das Cidades Segundo Seus Princípios Artísticos, Editora Ática, 1992, São Paulo [1ªEd. 1889, Der Städtebau nach seinen künstlerischen Grundsätzen, Viena]

TÁVORA, Fernando (1962),  Da Organização do Espaço, Série 2 : Argumentos ; 13 , FAUP Publicações, Porto
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VIDLER, Anthony. O campo ampliado da arquitetura. In: SYKES, Krista. O campo ampliado da arquitetura: Antologia teórica 1993-2009. São Paulo: Cosac Naify, 2013.









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MAPA DE INVESTIGAÇÃO 

Apresentação do ‘Mapa Mental’ relativo ao 1º semestre do Programa de Doutoramento em Arquitetura, na FAUP. O esquema que se pode visualizar abaixo, responde ao exercício proposto na unidade curricular de Seminário de Investigação/Perfil de Estudos-C, através da realização de um mapa mental que tenta estabelecer-se como um Modelo Conceptual da Hipótese de Investigação, ao mesmo tempo que relaciona conteúdos em articulação com o processo de pesquisa de Projeto de Tese.

O formato de apresentação deste MAPA MENTAL (abaixo), incide sobre a exploração de um esquema em formato pluridimensional, podendo ser aprimorado progressivamente ao longo do tempo, segundo o conteúdo que vai sendo balizado para a temática do projeto de tese.
Esta opção de visualização e comunicação do mapa (quer pelo seu formato quer pela partilha em plataforma web) reforça o cariz abstrato da investigação, bem como a dinâmica de níveis de complexidade em que se estabelece a relação entre os conceitos, autores e referências históricas, permitindo a exposição dos conteúdos que se vão tendo em linha de conta no decorrer da investigação ao mesmo tempo que democratiza o acesso à evolução do mapa, podendo um dia ficar disponível on-line para possíveis contribuições de terceiros.
Deste modo, é possível começar a materializar a conexão entre 'planos de ação' e quadrantes/áreas disciplinares que se pretendem interligar como base de fundamentação para a investigação em curso, expressão essa que se tenta aqui esclarecer na interconexão das práticas disciplinares, tidas como fundamentais à prática urbanística, podendo espelhar-se esse carácter holístico, na natureza da metodologia e recursos/resultados/produtos da pesquisa agora iniciada.


VISUALIZAÇÃO DO MAPA
1º  Clicar na imagem para aceder ao formato de visualização 3D (aguardar uns segundos)
2º De seguida, clicar no canto inferior direito da imagem, de modo a aumentá-la para tela cheia
3º A partir daí, está apta a visualização do Mapa Mental Tridimensional : para navegar espacialmente, além do mouse e scroll para zoom in/zoom out, deve recorrer-se ao apoio das ferramentas de navegação que se encontram no menu expansível (clicando na seta lateral direita da imagem)
resumo/abstract
A sociedade urbana atual encontra-se envolvida numa malha de relações cada vez mais implexa, numa dinâmica global de acontecimentos, descobertas, inovações e interações que sucedem num ritmo cada vez mais célere, instantâneo e de modo cada vez mais interdependente. O processo urbanístico e o desenho do espaço público, naquilo que o projeto urbano instaura (na possível definição de novos modos de viver em sociedade, na construção de paisagem e sua consequente envolvente espacial e experiencial) deveria idealmente, acompanhar estes fenómenos sociológicos, à medida que a complexa realidade contemporânea se vai renovando.
À luz das recentes transformações económicas, socio-tecnológicas e psicossociais vividas nos últimos vinte anos (e especialmente nos últimos dois), parece pertinente que o processo de conceção urbanística envolva mais atores para a sua eficaz (reformul)ação, respondendo a uma cultura urbana adaptada a uma crescente interação e volatilidade, condição que nos tem vindo a moldar a cadência de pensamento, perceção e reação, quer no espaço mental como físico e social.
Face a esta realidade cada vez mais abstrata e em acelerada mutação, fará sentido considerar-se os modos operativos da prática urbanística de outrora? Qual o papel da Arte e do Design, naquilo que é Hoje, o processo de interpretação VS construção da realidade urbana? Esta questão surge da preocupação mais genérica, de tentar perceber a possível operatividade da tríade ‘arquitetura, arte e design’, numa possível interação simbiótica com a prática urbanística, para propor a Arte Contemporânea e o Design, como ferramentas inerentes ao processo de criação de lugar e ambientes construídos, no presente e no futuro.


conceitos-chave
morfologia urbana
metodologia urbanística
espaço público
regeneração urbana
desenho urbano
arte/design/arquitetura
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